O auditor interno do Poder Executivo Frederico da Luz apresentou o projeto Aluno Auditor, nesta quinta-feira(6), em Fortaleza, durante o Encontro Estadual de Controle Interno. Promovido pela Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE), o evento reuniu profissionais atuantes nas áreas de controle para compartilhar e debater mecanismos e instrumentos para aperfeiçoar e modernizar a administração pública.
Durante a apresentação, o servidor contou a experiência dos alunos da EBB Simão José Hess (Florianópolis). Eles fazem parte da fase inicial do projeto e participaram recentemente de uma formação sobre técnicas de auditoria simplificadas, com o apoio dos auditores internos do Poder Executivo, servidores da Diretoria de Auditoria Geral da Fazenda (DIAG/SEF). O objetivo é estimular o controle social e o aprimoramento da gestão pública, em sintonia com professores e a direção. A iniciativa é inédita em Santa Catarina e pode tornar-se realidade nas escolas da rede pública estadual a partir de 2019.

“Os alunos avaliaram cuidadosamente o ambiente escolar, averiguando se estão de acordo com normas estabelecidas. Dentre a verificação, avaliação das salas de aulas, biblioteca, pátio, ginásio, cozinha, coletados diretamente em um aplicativo de celular, o que proporcionou aos estudantes uma experiência pedagógica, de modo a despertar neles o senso de observação e os padrões de qualidade desejáveis, elevando o grau de criticidade”, explicou o coordenador do projeto Jaime Luiz Klein.
Além da avaliação, os educandos discutiram com os professores soluções para os problemas e construíram um plano de ação, sempre focando em medidas criativas, de baixo custo e com envolvimento da comunidade escolar. O trabalho realizado pelos Alunos Auditores indica as oportunidades de melhorias detectadas em cada um dos ambientes auditados e servirão de norte para as ações que serão implementadas pelos responsáveis, sendo monitoradas pelos estudantes. “O projeto enfatiza o papel dos estudantes nas ações da escola em relação aos direitos e deveres da sociedade com o Estado”, comenta o diretor de Auditoria Geral, Augusto Piazza Pull.
A DIAG é a unidade responsável do projeto dentro da SEF e trabalha em parceria com a Secretaria de Estado da Educação. O projeto foi inspirado no modelo desenvolvido pela Controladoria Geral do Distrito Federal (CGDF) e do Município de Belo Horizonte (CGTM-BH). No decorrer do projeto, com a participação da educação fiscal, a parceira com a Receita Federal foi concretizada com o apoio da auditora Roseli Fabrin.

Como funciona?
1 – Os estudantes respondem questionários, por meio de uma aplicação para para celular, sobre as condições dos ambientes escolares, como salas de aula, cozinha/refeitório, banheiros, entre outros.
2 – São gerados relatórios preliminares com os problemas encontrados, definidos como oportunidades de melhoria para os ambientes auditados.
3 – Os estudantes discutem com os professores soluções para os problemas, focando em medidas criativas, de baixo custo e com o envolvimento da comunidade escolar.
4 – As propostas de soluções são colocadas em prática e os próprios estudantes, em conjunto com toda a comunidade escolar, realizam o monitoramento das ações.
Resultados esperados
- Promoção da cidadania ativa e o fomento à participação e ao controle social;
- Experiência real de auditar com a difusão do conhecimento de técnicas simplificadas e o estímulo à utilização de recursos tecnológicos;
- O aprimoramento da gestão pública, levando os alunos à reflexão-ação sobre problemas, causas e soluções no contexto escolar;
- Difundir nos alunos uma cultura de valorização e respeito ao patrimônio público;
- Fortalecimento do sentimento de pertencer à comunidade escolar e valorização do protagonismo juvenil.